
Com pequenas intervenções estilísticas, a Renault deixou o compacto Kwid com outro aspecto. Nem precisou mexer tanto no figurino para ganhar elegância. Lançado em 2017, o modelo – que está longe de ser um SUV, como quer a montadora – também ganhou alguns equipamentos importantes, que aumentam sua segurança. Ele já possuía, por exemplo, quatro airbags (dois frontais e dois laterais) em todas as versões.
GARAGEM avaliou a versão Intense, que custa R$ 65.190 (bons tempos em que o Kwid chegou ao mercado na faixa de R$ 30.000…). Ela posiciona-se entre a Zen (R$ 61.090), a Intense Pack Biton (R$ 67.890) e a Outsider (68.690).
A exemplo dos irmãos, a Intense vem equipada com motor 1.0 três cilindros recalibrado, um dos pontos fortes do carro. Ele entrega 71 cv de potência e 10 kgfm de torque a 4.250 rpm. O câmbio é manual de cinco velocidades. A velocidade máxima atinge 156 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 13,2 segundos.
Segundo a Renault, o Kwid Intense faz 15,3 km/l na cidade e 15,7 km/l na estrada com gasolina no tanque. Com etanol, as médias são de 10,8 km/l e 11 km/l, respectivamente. Apesar de a Renault afirmar que o Kwid está 5% mais econômico, não conseguimos chegar a esses números com o combustível verde: durante a nossa avaliação, cravou 9,2 km/l em circuito misto.
A Intense se saiu bem na cidade e na estrada. O motor, com 1 cv a mais, é esperto nas ultrapassagens e retoma a velocidade rapidamente. Em ambiente urbano, cansa um pouco nos congestionamentos por causa do câmbio manual, mas ao menos encontra facilmente uma vaga para estacionar em razão de suas dimensões enxutas.
O compacto mede 3,68 metros de comprimento, 1,58 m de largura, 1,48 m de altura e 2,42 m de distância entre-eixos. Continua apertadinho para os passageiros mais altos do banco traseiro e o porta-malas pode acomodar 290 litros – não dá para exigir mais para um automóvel desse porte.
Vamos falar das mudanças no design. Na frente, o para-choque foi redesenhado ficou mais afilado, seguindo uma tendência presente nos centros de design das montadoras. As luzes de circulação diurna (DRL) são de LED em todas as versões e a grade apresenta inserções cromadas.
A moldura da caixa de roda e as faixas nas laterais realçam o caráter aventureiro do modelo. Na traseira, as novidades são o para-choque mais vigoroso e as lanternas em LED.
Ao entrar no carro, o motorista perceberá as mudanças no painel de instrumentos, cujos mostradores agora são em LED. A parte superior foi reformulada com novo acabamento e as saídas de ar laterais contam com anéis adicionais na cor preta brilhante ou cinza.
Só é difícil acostumar-se com os comandos dos vidros elétricos no painel central e não nas portas. Os bancos da versão Intense possuem tecido com detalhes na cor azul nas laterais e no bordado central do encosto.
Embora não seja um SUV, o Kwid mantém boa altura do solo (18,5 cm) e os ângulos de entrada (24,1°) e de saída (41,7°) cresceram. Essas características são bastante úteis para quem encara estradas de terra com certa frequência e precisa evitar os pedriscos na carroceria.
Além dos quatro airbags, o Kwid passa a oferecer controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampas e aviso de cintos de segurança não afivelados para todos os ocupantes do banco traseiro. A nova central multimídia Media Evolution aumentou a conectividade com o motorista, com tela intuitiva de oito polegadas e espelhamento para sistemas Android Auto e Apple CarPlay.